ECONOMIA?!?!
Confesso! Não entendo nada de Economia. Por mais que eu leia o jornal e assista aos noticiários na TV, minha capacidade neuronal não consegue assimilar e armazenar uma gama tão conturbada de informações. Não estou falando daquela patacoada de produção, distribuição e consumo de bens e serviços, enfim, essas coisas de primário. O problema não é Adam Smith, mas a Economia brasileira e mundial na prática.
Pra começar, um cidadão consciente de seus deveres sociais deve ser um gastador ou um muquirana? Já complicam as coisas por aí.
Suponhamos, por exemplo, que eu não goste de estopas e, por isso, não comprasse nem um pacotinho disso. Fosse por mim, fábricas, distribuidores, vendedores e revendedores de estopas teriam de encerrar suas atividades, desencadeando, pois, uma crise sistêmica, com demissões em massa, queda das ações das indústrias de estopas nas bolsas de valores, algumas subvenções públicas pra tentar brecar a crise, com conseqüente aumento dos juros e da inflação. Os ex-empregados das fábricas de estopa, sem salário, perderão poder aquisitivo e não comprarão produtos de outras empresas, desencadeando novas demissões e crises. E tudo isso poderia ser evitado se eu fosse um comprador inveterado de estopas, gastando meu salário e dedicando-me a comprar estopas de todas as qualidades e estilos, mesmo não gostando. Ou seja, neste caso, poderia me considerar um agente econômico do lado negro da força?
Por outro lado, se eu seguir a mesma tendência dos gurus da Economia, o de ser um poupador e guardar dinheiro que seria gasto em coisas supérfluas pra investir em ações na Bolsa de Valores, sempre esperando benefícios a prazo longuíssimo – ou ruína involuntária a prazo curto –, poderia me enriquecer no futuro, e, conseqüentemente, gastar mais, investir mais pra ganhar mais, e gastar mais depois, alavancando a Economia nacional e mundial e cumprindo um papel social de altíssima relevância. Passaria, pois, para o lado iluminado da força, apesar de continuar praticando o muquiranismo?
O que é Bolsa de Valores? Algum petrecho transportado a tiracolo por algumas senhoras – no caso, as velhotas Oferta e Procura? Algo como a Caixa de Pandora numa versão “cuidado frágil”, que não pode se quebrar, sequer cair, para que, dela, não sobrevenha toda sorte de desgraças sobre nossas cabeças, como desempregos, inflação, miséria e cortes de gastos públicos essenciais para sobrar dinheiro pra salvar os bancos? Talvez! Mas não há de ser só isso, ou não teríamos investidores que se enriquecem só colocando dinheiro dentro dela. Seja como for, quando um probleminha – quase uma marolinha – com financiamento imobiliário lá nos esteites é o suficiente pra deflagrar uma crise que estragou metade de um ano e promete continuar atazanando a vida de milhões de pessoas no mundo todo, a gente percebe como é fácil a praga se alastrar por aí, livremente, sem culpados declarados! Já estão até desejando um "Feliz 2010" para todos, pois 2009 já foi pro saco.
E quem é este senhor Mercado, que se acha no direito de ditar regras pra minha vida pessoal, sem a minha permissão? Se ele, no cume do Olimpo, manda comprar isso, poupar isto e cortar aquilo, não há voz que o conteste! Nada de soberania, Direitos Humanos, autonomia entre os Estados. O senhor Mercado é o dono dos nossos narizes e não reconhece poder acima dele – a não ser quanto ao caso das senhoras Oferta e Procura, que ditam as regras que o Mercado repassa pra gente. Que maluquice é essa?
Estão vendo? Não entendo nada de economia! Vou ter de ler mais jornal. Alguns livros, talvez. Procurar me informar pela internet. Já espero revelações surpreendentes e problemas ainda não explicados, mas assim é a vida. Entender Economia é entender a vida na prática e o por quê de não ser todo mundo que pode realizar todos os seus sonhos de consumo. É entender o funcionamento do Estado e suas questões de submissão às normas do FMI, por exemplo. Entender Economia é um dever cívico do cidadão; mais importante até do que votar, que, na prática, só serve pra botar no poder mais um cidadão comum – provavelmente ignorante em Economia.
Havemos de entender Economia, por mais ininteligível e intragável que seja.
Pra começar, um cidadão consciente de seus deveres sociais deve ser um gastador ou um muquirana? Já complicam as coisas por aí.
Suponhamos, por exemplo, que eu não goste de estopas e, por isso, não comprasse nem um pacotinho disso. Fosse por mim, fábricas, distribuidores, vendedores e revendedores de estopas teriam de encerrar suas atividades, desencadeando, pois, uma crise sistêmica, com demissões em massa, queda das ações das indústrias de estopas nas bolsas de valores, algumas subvenções públicas pra tentar brecar a crise, com conseqüente aumento dos juros e da inflação. Os ex-empregados das fábricas de estopa, sem salário, perderão poder aquisitivo e não comprarão produtos de outras empresas, desencadeando novas demissões e crises. E tudo isso poderia ser evitado se eu fosse um comprador inveterado de estopas, gastando meu salário e dedicando-me a comprar estopas de todas as qualidades e estilos, mesmo não gostando. Ou seja, neste caso, poderia me considerar um agente econômico do lado negro da força?
Por outro lado, se eu seguir a mesma tendência dos gurus da Economia, o de ser um poupador e guardar dinheiro que seria gasto em coisas supérfluas pra investir em ações na Bolsa de Valores, sempre esperando benefícios a prazo longuíssimo – ou ruína involuntária a prazo curto –, poderia me enriquecer no futuro, e, conseqüentemente, gastar mais, investir mais pra ganhar mais, e gastar mais depois, alavancando a Economia nacional e mundial e cumprindo um papel social de altíssima relevância. Passaria, pois, para o lado iluminado da força, apesar de continuar praticando o muquiranismo?
O que é Bolsa de Valores? Algum petrecho transportado a tiracolo por algumas senhoras – no caso, as velhotas Oferta e Procura? Algo como a Caixa de Pandora numa versão “cuidado frágil”, que não pode se quebrar, sequer cair, para que, dela, não sobrevenha toda sorte de desgraças sobre nossas cabeças, como desempregos, inflação, miséria e cortes de gastos públicos essenciais para sobrar dinheiro pra salvar os bancos? Talvez! Mas não há de ser só isso, ou não teríamos investidores que se enriquecem só colocando dinheiro dentro dela. Seja como for, quando um probleminha – quase uma marolinha – com financiamento imobiliário lá nos esteites é o suficiente pra deflagrar uma crise que estragou metade de um ano e promete continuar atazanando a vida de milhões de pessoas no mundo todo, a gente percebe como é fácil a praga se alastrar por aí, livremente, sem culpados declarados! Já estão até desejando um "Feliz 2010" para todos, pois 2009 já foi pro saco.
E quem é este senhor Mercado, que se acha no direito de ditar regras pra minha vida pessoal, sem a minha permissão? Se ele, no cume do Olimpo, manda comprar isso, poupar isto e cortar aquilo, não há voz que o conteste! Nada de soberania, Direitos Humanos, autonomia entre os Estados. O senhor Mercado é o dono dos nossos narizes e não reconhece poder acima dele – a não ser quanto ao caso das senhoras Oferta e Procura, que ditam as regras que o Mercado repassa pra gente. Que maluquice é essa?
Estão vendo? Não entendo nada de economia! Vou ter de ler mais jornal. Alguns livros, talvez. Procurar me informar pela internet. Já espero revelações surpreendentes e problemas ainda não explicados, mas assim é a vida. Entender Economia é entender a vida na prática e o por quê de não ser todo mundo que pode realizar todos os seus sonhos de consumo. É entender o funcionamento do Estado e suas questões de submissão às normas do FMI, por exemplo. Entender Economia é um dever cívico do cidadão; mais importante até do que votar, que, na prática, só serve pra botar no poder mais um cidadão comum – provavelmente ignorante em Economia.
Havemos de entender Economia, por mais ininteligível e intragável que seja.
Texto originalmente publicado em: http://MOIZACRONICAS.blogspot.com
Eu pensei que fosse a única que não entendia de enconomia.. Eu não entendo patavinias, por mais que eu tente, eu não consigo aprender.. Aii fui e deixei tudo isso de ladoo.. hehehehe
ResponderExcluirBeijão, Moiza!!
sauuudade de vc...
Num entendo muito de economia também não, mas uma coisa é certa: Não devemos rasgar dinheiro.
ResponderExcluir:S